Foto: Globo Rural
A Anvisa proibiu recentemente três marcas que vendiam o que chamavam de “pó para preparo de bebida sabor café” mas que, na prática, não passam de imitações do café de verdade. O que isso significa para quem ama a bebida? Vamos conferir.
O que é esse tal de “café fake”?
Não é café de verdade. Para ser legalmente chamado de café, o produto precisa seguir padrões rigorosos do Ministério da Agricultura, como teor mínimo de grãos, ausência de impurezas e sabor autêntico.
O “fake” é um pó repleto de resíduos como casca, pedra, palha, mucilagem e até aromatizantes sintéticos. Totalmente fora das regras e da sua xícara ideal.
Três marcas eliminadas do mercado
A Anvisa fiscalizou os produtos “Melissa”, “Pingo Preto” (Jurerê) e “Oficial” (Master Blends), proibindo sua venda e ordenando recolhimento imediato. O motivo?
- Altíssimo volume de impurezas — muito além do limite de 1% permitido.
- Contaminação por ocratoxina A, uma micotoxina que pode prejudicar os rins e aumentar riscos de câncer.
O que pesa no bolso também pesa na qualidade
Um pacotinho de “fake” de 500 g custava cerca de R$ 13, enquanto um café de verdade está habitualmente no dobro desse valor. A economia é tentadora, mas a falta de segurança e pureza não compensa.
Como proteger seu café e sua saúde?
- Desconfie de preços muito abaixo da média.
- Leia o rótulo: cafés puros são “torrado e moído ou em grãos”. Qualquer trecho dizendo “sabor café” ou “contém aromatizante” é um alerta.
- Procure o selo da ABIC — garantia de pureza.
- Use embalagens com QR codes que revelam origem e certificações.
- Compre de marcas confiáveis.
- Se houver suspeita, denuncie à ABIC ou à Anvisa.
Por que tanto rigor?
Os produtores de verdade, que enfrentam geadas, secas, custos logísticos, estão produzindo cerca de 54 milhões de sacas em 2024 — 1,6% a menos que no ano anterior. Por isso, a Anvisa vem atuando de forma enérgica para proteger a reputação do café brasileiro e a segurança de quem aprecia uma boa xícara é prioritário.
Não caia na armadilha do café fake. A economia pequena pode custar muito à sua saúde — e ao charme de saborear um café de verdade, tirado com cuidado. Prefira grãos puros, cultivados com responsabilidade e selos que garantem qualidade.